Após provocar o segundo acidente, segundo a família, a advogada também fugiu sem ajudar Davi, que morreu no local.

"Foi um ato de imprudência muito grande, de uma irresponsabilidade. O meu tio foi tirado da gente de uma forma, assim, tão fatal e isso nos doeu muito. Porque a gente fica pensando: e se ela [condutora] tivesse parado antes, quando as autoridades pediram?", questiona Beatriz Batista, sobrinha de Davi.

A advogada que conduzia o veículo chegou a ser localizada e presa após os dois acidentes, mas foi liberada após pagamento de fiança.

Na última sexta-feira (14), familiares e amigos de Davi fizeram um manifesto na frente do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) para pedir justiça.

Familiares e amigos cobram justiça por Davi Batista

O Promotor de Justiça Marcus Alexandre, que acompanha o caso, entende que o caso de Davi deve ser enquadrado como homicídio doloso, pois a motorista assumiu o risco de matar alguém.

"Ainda na audiência de custódia percebi que houve um equívoco na lavratura do flagrante. Que o caso não se tratava do Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro, mas sim de um crime doloso contra a vida, previsto no Código Penal no Artigo 121 e com base nisso eu pedi pela conversão da custódia dela em prisão preventiva. Não foi acatado pelo juiz naquele primeiro momento, mas as investigações continuam e, no meu entendimento, esse é um caso que precisa ser levado para o Tribunal do Júri. Essa não foi uma morte 'sem querer', afirma.

Fonte: G1/RO